Histórico de Serviços Dicas Matérias Notícias Testes Equipamentos
 
SINISTRO MUITO, MUITO SINISTRO
Extraído da revista QUATRO RODAS - março 2001 pág 102


Clientes que aplicam golpes contra as seguradoras para receber o dinheiro da apólice têm a cabeça a prêmio e são caçados por arapongas


Você se lembra de ter sido informado - ou de haver lido no contrato de seguro de seu carro - que seria investigado antes de receber o valor da apólice contra roubo? Provavelmente não, mas saiba que as seguradoras não liberam dinheiro nenhum se estiverem convencidas de que elas, e não seus clientes, são as verdadeiras vítimas da história. Casos de segurados que simulam roubos de seus veículos para receber a indenização são mais comuns do que se imagina. Para se precaver contra golpes desse tipo, as empresas recorrem a profissionais e montam uma silenciosa operação de caça aos fraudadores.
Investigadores das próprias seguradoras, ou de aluguel - como os caçadores de recompensa dos filmes de caubói - estudam os boletins de ocorrência registrados nos distritos policiais, reconstroem cuidadosamente o cenário dos roubos e saem a campo à procura de detalhes que confirmem a versão das supostas vítimas ou apontem lacunas na história. Quando se julga o relato suspeito, ou inconsistente, inicia-se uma paciente investigação. Primeiro, ouvem-se moradores da região onde o veículo teria sido furtado (ou roubado na presença da vítima), à procura de testemunhas que não foram arroladas no processo ou simplesmente para averiguar se alguém notou a presença de um carro igual ao descrito no boletim de ocorrência em horário próximo ao indicado. A conversa nunca é direta. O investigador finge estar procurando um amigo que moraria na vizinhança, numa rua de que não se lembra. Depois, aborda vizinhos do segurado - em alguns casos até mesmo colegas de trabalho e parentes - para apurar se ele não passava por dificuldades financeiras. Eis aí uma razão bastante comum para se armar um roubo fraudulento. Por último, os investigadores abordam a vítima. Se fazem isso logo de cara, argumentam os arapongas, alertam o cliente sob suspeita, comprometendo o resultado da averiguação. É um jogo de paciência.
Na estrutura organizacional das seguradoras eles são conhecidos como "sindicantes de sinistro", um sinônimo hermético para investigadores. Como os arapongas preferem ser chamados não sem razão. A maioria desses profissionais foi, ou ainda é, ligada à polícia. Para reforçar o orçamento, fazem bicos para seguradoras menores, que teriam dificuldades para manter seu próprio time de xerifes. Mas os métodos de trabalho utilizados, garantem, são bem diferentes dos empregados pelos policiais contra bandidos comuns. Em outras palavras, a força usada contra potenciais fraudadores é infinitamente mais branda. Força? Não se assuste. Força, nesse caso, não é nada que possa ser confundido com violência física. Nem mesmo violência psicológica é aceitável, segundo a cartilha adotada pelas empresas de seguro.
A investigação transcorre dentro de regras da mais absoluta civilidade, quase seguindo um código de etiqueta se comparado ao vale-tudo no trato com marginais de carteirinha. As seguradoras e seus arapongas acreditam que um mínimo de pressão psicológica é suficiente para fazer a maioria dos segurados que caem no desvio abrirem o bico, admitindo o golpe. E isso por uma razão bastante simples: trata-se de amadores que incorreram no crime de fraude por estarem atravessando dificuldades momentâneas. Não são golpistas profissionais. O investigador de seguros típico também não lembra a caricatura do policial padrão: não anda armado, não tem tatuagem nem braço malhado, dispensa colete e não usa correntes de ouro ou óculos ray-ban nem mesmo quando está de folga. Em resumo, age como policial sem chamar a atenção. Trabalha muito, o número de horas que a investigação exigir, e ganha pouco - o ganho de um araponga terceirizado pode variar de 500 reais, em um mês com poucos casos por apurar, a 3.500 reais, em períodos de vacas gordas. No quesito envelope de pagamento, o investigador de seguros se parece com um policial de verdade.
A procura de culpados onde parece haver apenas inocência, a busca incessante pelo vestígio que passou despercebido na construção do boletim oficial, da entrelinha escondida na declaração colhida na delegacia, do vacilo embutido na versão aparentemente sólida apresentada na entrevista, em fim, o prazer de jogar o jogo da investigação parece seduzir os candidatos ao cargo mais do que eventuais benefícios de careira. Talvez por isso atraia pessoas que entram para esse mundo não por tradição familiar, mas sim pela porta da literatura policial e dos filmes de ação, como o ex-professor de educação física Luiz Celso Miguel, 48 anos, e o ex-funcionário administrativo da Itaú Seguros Hélio Augusto Lima Filho, 42 anos. Há sete anos eles atuam na Abucham & Caiafa, uma assessoria especializada com trinta sindicantes contratados para apurar cerca de 150 sinistros por mês para empresas de ponta do setor.


Luiz Celso e Lima Filho nunca saem do escritório sem seu kit completo de araponga: pasta 007, câmera fotográfica, gravador de bolso e cópia da apólice que está sendo alvo da sindicância. Mas a investigação é conduzida com discrição. Só na fase de conclusão eles saem das sombras para intimidar suspeitos para lá de suspeitos com a luz da verdade que descobriram.
Às vezes os golpes são descobertos por acaso, numa simples batida policial. No final do ano passado, um comando policial da Zuna Sul de São Paulo parou uma Sprinter branca com documentação falsificada. Nervoso, o motorista insistia para ter uma conversa reservada com o oficial no comando da operação. Quando foi atendido, explicou que o carro não era roubado e admitiu ter ajudado o sogro a dar golpe para receber os 40 mil reais em que o carro fora segurado. Detalhe: o motorista era policial.
O investigador fatalmente saberá que sua história foi posta à prova antes de o trabalho ser concluído. Depois de reunidas as evidências que corroboram a sua versão, ou levantadas às contradições que precisam ser esclarecidas, chega o momento de ele ser ouvido. Alguns se indignam e reagem mal. "já fui recebido aos berros por um cliente que se disse revoltado por duvidarem dele", conta Hélio Lima Filho. "Quando isso acontece, viro as costas, informo a seguradora e ela entra em contato com o segurado. Não estou lá para duvidar de ninguém, mas sim para verificar o que me foi solicitado. Afinal, não sou eu quem pagará a apólice. Meu trabalho não é dar veredictos, mas sim ajudar a seguradora a chegar a uma conclusão sobre cada caso."
Nem todos os sindicantes que atuam nesse mercado seguem a cartilha politicamente correta que Luiz Celso e Lima Filho garantem seguir. Ao contrário. Um policial que presta serviço a seguradoras pequenas, sem vínculo empregatício, aceitou falar com a garantia de que sua identidade seria preservada. Até escolheu um codinome para figurar na reportagem: Jonas. Apesar do silêncio inicial, foi preciso interrompê-lo várias vezes para engastar uma pergunta nova em seu discurso empolgado sobre si mesmo. Dizendo-se ex-aluno de um curso de interpretação do cineasta maldito e ator José Mojica Martins, o Zé do Caixão, "Jonas" resolveu ser o estereótipo do araponga em pessoa. Para ele, quem deve teme só de saber que está sob marcação cerrada. "digo logo que sou, de onde venho e o que vim fazer para impor respeito. Nas aulas com o Mojica aprendi a representar o típico malandro. Ninguém me passa a perna", afirma. "Se percebo que o segurado está aplicando um golpe, não vejo por que vezinha ou outra não posso dividir os lucros com ele. Afinal, o meu relatório pode livrar a cara do sujeito ou comprometê-lo." Quanto ele cobra para ajudar o cliente sinistro a enganar a empresa que o paga para desvendar sinistros? Isso ele não revela, mas policiais experientes contam que chantagistas nunca cobram menos de 20% de qualquer bolada.
Apesar de não representar o padrão de comportamento dos investigadores que atuam na área, os "Jonas" que fazem jogo duplo talvez existam por causa de uma atitude pragmática das seguradoras. As empresas dificilmente denunciam fraudes de seus clientes. Porquê? Um processo pode durar até cinco anos e custar dez vezes mais do que o valor a ser recuperado, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro, Ernesto Tzirulnik. Ainda assim o advogado faz questão de frisar que crimes como esse estão previstos no inciso 5o do artigo 171 do Código Penal Brasileiro - estelionato - e podem dar de um a cinco anos de cadeia.


"Não conheço ninguém preso por dar tombo em seguradoras", afirma o delegado titular da 1a Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas de São Paulo, Divecar - especializada em crimes contra automóveis -, Manoel Camassa. Com quinze anos de Polícia Civil, Camassa conta que se lembra da época em que as fraudes cometidas eram, em sua maioria, "inocentes" batidinhas para piorar o estado da lataria dos veículos. Se o carro segurado sofria uma ralada do lado direito mas tinha outros reparos para serem feitos, muitos donos davam um jeitinho de estragá-lo mais para obter o conserto completo ou até mesmo o direito de reivindicar um novo. "Descobrimos uma oficina que montou um kit para forjar perda total nos carros", diz o delegado. "Filmamos os automóveis sendo jogados contra um muro reforçado, ralados numa grade de ferro e colocados numa rampa feita para destruir suspensão."
Hoje, o golpe mais comum é o do falso furto. Existem quadrilhas especializadas nesse tipo de golpe, que compram os carros por valores quase simbólicos e somente depois de desmancha-los dão o sinal para o segurado prestar queixa de furto da delegacia.
Em dezembro, o comerciante J.R.C.L. deu queixa no 96o Distrito Policial de São Paulo do furto do seu Audi ano 95. Dias depois a polícia recebeu a denúncia de que um guincho fora visto rebocando um carro de luxo para uma oficina da periferia da cidade. Interrogado, o guincheiro explicou que o fizera a pedido do próprio dono. Haviam combinado que o carro ficaria guardado três meses na oficina, ao custo mensal de 100 reais. Tratava-se do Audi de J.R.C.L. O processo está rolando da Justiça.
Camassa critica as seguradoras pela postura pragmática, quase condescendente, que adotam em relação aos fraudadores. "Sabemos que as empresas negociam com eles. O acordo é o seguinte: o cliente deixa o pedido de ressarcimento para lá em troca de não ser denunciado." O delegado estima que 20% das queixas de roubo e furto de veículos apresentadas em São Paulo são fraudulentas. O segurado come o milhão e quem leva a fama é o ladrão.


SORRIA VOCÊ ESTÁ SENDO FOTOGRAFADO
Extraído da revista QUATRO RODAS
por EDENILSON GONÇALVES
Como os radares portáteis ou fixos calculam a velocidade dos veículos?

São três os sistemas utilizados para o registro de infratores por excesso de velocidade. Veja como funciona cada um deles:


Radar fixo de velocidade
Na pista são instalados 3 sensores, também chamados de laços detetores, que formam um campo magnético. Eles estão ligados a um computador e à câmera fotográfica, geralmente instalada em um poste na lateral da pista. Quando o carro passa pelo primeiro sensor, o campo magnético é interrompido até que a massa metálica do veículo passe pelo segundo. Automaticamente o sistema calcula a velocidade do carro de acordo com o tempo de interrupção desse campo magnético. Caso a velocidade seja superior à permitida, a imagem captada pela câmera é digitalizada e registrada em um disco rígido, no instante em que o carro passa pelo terceiro sensor. À noite, para não deixar nenhum apressadinho impune, as câmeras dos radares fixos funcionam com um sistema infravermelho, que permite uma boa visualização da placa e do veículo, mesmo com pouca luminosidade.

Radar móvel de velocidade
São duas as opções de equipamento móvel. Um é italiano e funciona com dois feixes de laser. Em função do tempo de interrupção dos feixes quando o carro passa, o computador dispara a câmera no caso de a velocidade aferida ser superior à permitida. O outro modelo é holandês e emite uma microonda oblíqua em um ângulo de 20 graus em relação à pista. O computador, então, calcula o tempo que essa onda leva para fazer o percurso.
Os modelos móveis utilizam uma máquina fotográfica convencional e filmes coloridos de 35 milímetros e 36 poses, como os que usamos para tirar fotos de família. esse radar é capaz de fiscalizar até três faixas ao mesmo tempo. Porém não registra a imagem no caso de os sensores identificarem mais de um carro passando pelo ângulo de fiscalização no momento do disparo. À noite, utiliza o recurso de um flash para não deixar os infratores escaparem.


Lombada eletrônica para aferir velocidade
A câmera é instalada em um totem, aproximadamente 15 metros à frente dos sensores, e a imagem registrada é da frente do veículo. O motorista sabe se está sendo multado, pois logo abaixo da câmera está um mostrador digital indicando a velocidade do carro no momento exato em que passou pelos sensores. Se houver infração, uma luz vermelha se acende e um flash é disparado.

 


 
INSPETORA DO CONSUMO
Extraído da revista OFICINA MECÂNICA

A sonda lambda avalia o oxigênio nos gases de escape para manter o motor econômico e eficiente. Descubra seu funcionamento e como detectar defeitos

Onde se localiza

A falha pode ser denunciada tanto por um carro "amarrado" e sem rendimento como por um motor "morrendo" fácil, afogado ou com partidas difíceis. Em todos os casos, o consumo sobe muito. Com tantos sintomas semelhantes ao de outras falhas, nem sempre se percebe que a causa está na sonda lambda, um componente da injeção eletrônica.

Essa sonda "inspeciona" a eficiência da queima de combustível medindo a quantidade de oxigênio nos gases de escape do motor. Por meio desta medição, a centralina avalia a quantidade de combustível que deve ser injetado. Quando a sonda apresenta problema, a centralina envia a quantidade errada de combustível e o motor fica desregulado. Saiba como detectar problemas na sonda lambda:
 
Exemplos

1
O motor "morre" facilmente e tem dificuldade para pegar. Esse caso gera maior quantidade de trocas indevidas da lambda. "Nenhum país troca tantas sondas lambda quanto o Brasil", disse o mecânico Luís Yoshimura. Isso ocorre porque o módulo da injeção pode indicar problemas com a sonda que, na verdade, estão em outras peças. Quando há oxigênio demais no escape, a injeção enriquece a mistura ar/combustível até o máximo. Se o nível de oxigênio não cai, a injeção desliga a sonda e indica que o problema é com esta peça. "O alto teor de oxigênio pode ser causado também por uma vela com defeito, escapamento furado, falhas nos injetores...", diz Luiz. Quando isso ocorre há o risco de estragar o catalisador, que pode derreter com o combustível não-queimado.
Raio-X

2 Uma lambda custa entre R$ 90 e R$ 1.000 (importados) e deve durar de 80 mil a 100 mil km. Por isso, antes da troca verifique se tudo está em ordem na ignição. A fonte de defeito pode estar nas velas, cabos ou na bobina em lugar da sonda lambda.
Fuligem

3
Se tudo estiver normal na ignição, verifique o encaixe da sonda no escape. Não deve haver nenhuma oxidação no local nem furos no escapamento, que permitem entrada de ar e leitura equivocada da sonda. Na checagem com o motor ligado, ou recém-desligado, cuidado com queimaduras.
Contaminação

4
Caso a fixação da sonda esteja oxidada, espere o motor esfriar e solte a sonda para retirar a ferrugem com palha de aço (para não danificar a rosca) até atingir a parte metálica (especialmente se seu aterramento for feito ali). Para recolocar a sonda, utilize graxa condutiva.
Chumbo

5
Se tudo estiver correto no escape, ainda há uma alternativa para o problema: bico(s) injetor(es). Aí o jeito é ir até um mecânico e verificar a vazão dos bicos com aparelhagem apropriada. Se tudo estiver em ordem, o defeito fatalmente estará na sonda.

6
Há também a perda de rendimento. Se o motor estiver queimando óleo, o problema quase certamente estará na lambda. O óleo impregna a cerâmica da sonda e ela perde a capacidade de medir o oxigênio no gases de escape. Sem a leitura, a injeção diminui a quantidade de combustível, obrigando o motorista a pisar mais. Isso aumenta o consumo. 

7
Se o óleo queimado tiver afetado a sonda, o jeito está na troca, uma operação simples. Basta desconectar seu plugue, desrosquear a peça e fazer a operação inversa com um novo componente.

8
No caso de uma sonda muito cara (ou difícil de encontrar), às vezes é possível colocar uma mais simples, de outro carro. Nos nacionais, com exceção do Honda Civic, essa "gambiarra" geralmente pode ser feita, pois a maioria usa o mesmo valor elétrico de resistência do sinal da sonda. Nos importados já é mais difícil, pois os valores e os modelos de sonda são diferentes.


 
CUIDADO TPM NA PISTA!
Extraído da revista QUATRO RODAS - fevereiro  2000
 

Só sei que vi tudo roxo. Desci do carro disposta a tudo.Bati no vidro do carro do cidadão, uma mão apoiada na cintura, a outra chamando-o para a briga: "Vem, se for homem". Graças a Deus ele não veio. Ficou ali,surpreso, me olhando atrás do vidro. Foi assim: se ele deslocasse seu carro meio metro adiante eu poderia virar à esquerda. Depois de minha buzinadinha amigável, pedindo passagem com gestos, ele deu um riso sacana e não se moveu do lugar. Uma falta de, no mínimo, cavalheirismo. Sim, me lembro bem, ele estava errado. Só fiquei na dúvida porque estava naquele momento do mês em que tudo parece conspirar contra mim - a TPM, a maldita tensão-pré-menstrual.

Talvez eu não precise descrever exatamente o que isso significa se você tem uma companheira e sofre com ela as oscilações desse período tenso do mês. Mas, como estou aqui falando de carro, trânsito e mulheres na direção, me parece honesto lançar luz sobre o perigo que ronda os cruzamentos da cidade quando há uma dama movida a doses cavalares e desconpensadas de hormônios por aí. Vejamos. Você já presenciou uma mulher debruçada na direção, chorando? Você já recebeu um dedo médio e ouviu (mesmo que a metros de distância) da boca de uma mulher elegante, que você até paqueraria, um palavrão digno de um estivador? Então você já viu uma mulher com TPM no trânsito.

Costuma-se dizer que as mulheres são, durante o período da TPM, o que os homens são o mês inteiro.Sem querer disputar o troféu-barraco com os homens, digo apenas que as mulheres ficam mais agressivas e/ou sensíveis. Mais chatas, vá lá. Ficamos estupidamente destemidas, tudo ganha enorme importância.

Sou tranqüila no trânsito. Não xingo, não brigo, levo tudo na esportiva. Mas quando estou nos dias hormonais complicados faço questão de esclarecer tudo nos mínimos detalhes. saio do carro para tirar satisfação. Depois, como que exorcizada, morro de vergonha e me sinto uma ridícula. Naquele dia, depois que assisti ao risinho irônico do moço mal-educado à frente, chamei pra briga, gritei, chorei e ele não se moveu. Nem abriu o vidro. Mesmo transtornada, observei rapidamente tudo nele e no carro. E detectei seu ponto fraco. Ele tinha uma testa crescida para a idade e um cuidado excessivo com os fios que lhe restavam heroicamente nas laterais da cabeça. E fui direto no ponto. Olhei no fundo dos seus olhos que riam de mim, juntei saliva, ar nos pulmões e gritei: CA-RE-CA!

O moço me olhou, atônito. A consternação tomou conta do seu rosto e quase o vi chorando como um bebê. Engatou a primeira e andou, querendo fugir daquela bruxa que o desmascarara. Foi cruel, eu sei, mas entenda, por favor: eu estava na TPM!


POR MARIELLA LAZARETTI
mariella.lazaretti@abril.com.br


 
Por Diogo Schelp
Como saber se um carro usado não é roubado?
Os especialistas dão algumas dicas para você não correr esse risco
É fácil licenciar um carro roubado no Brasil. Estima-se que 400 mil veículos rodam no país com documentos "esquentados" . Fernando Ferrara, superintendente do Cadastro Nacional de Veículos Roubados, conta que várias quadrilhas têm contatos nos DETRANS, por isso conseguem até licenciar veículos furtados, usando o número de chassis já existentes. Há tantas maneiras de maquiar um carro irregular que, nas inspeções, a polícia precisa cruzar vários dados, como números de série e data de fabricação dos vidros, características do modelo, número do chassi e data de fabricação dos acessórios. Tabelas fornecidas pelas fábricas contendo números de série dos modelos também são fundamentais para a identificação.
Alguns especialistas ligados a seguradoras citam uma série de itens que podem ser checados por qualquer um antes de comprar um usado. Quando se percebe que uma das informações não bate, não significa que o veículo seja roubado. Isso só os peritos poderão afirmar com certeza. Mas ao menos consegue-se uma indicação de que é necessário ter cautela antes de fechar o negócio. Para uma análise mais profunda, é possível consultar o Cadastro Nacional de Veículos Roubados. A consulta, gratuita, pode ser feita pela internet, no site: http://www.seguros.com.br/cnvr.
 

 
 

TROCAR O ÓLEO DO MOTOR NA HORA CERTA, É PREVENÇÃO

 

Tubo pescador de óleo do motor

Cabeçote inferior

Cabeçote superior

Eixo virabrequim

 

O esquecimento de trocar o óleo do motor na hora certa pode causar sérios danos ao mesmo
e muita dor de cabeça para o proprietário do veículo.

 

Ao longo dos anos, a Lidio Rosa Peças & Serviços executa, frequentemente, reparos em veículos que chegam com problemas ocasionados pelo óleo do motor. Na maioria das vezes, isso ocorre devido à desinformação do proprietário que não sabe quando deve fazer a troca ou por esquecimento de fazê-lo. Dessa forma, o seguinte artigo visa orientar, de forma clara e objetiva quando e por que trocar, periodicamente, o óleo do veículo.

 Vamos imaginar que o óleo do motor é como se fosse o sangue que circula no nosso corpo. Resguardadas as proporções, o óleo do motor tem a função de lubrificar todas as partes internas do motor, evitando assim, o atrito entre as peças móveis e garantir o bom funcionamento. Além disso, o óleo deve manter o motor limpo, mantendo em suspensão as impurezas que não ficarem retidas no filtro de óleo.

Atualmente existem três tipos de óleo: mineral, semi-sintético e sintético. A função deles dentro do motor é a mesma: lubrificar, evitar o contato entre as superfícies metálicas e refrigerar. A diferença entre eles está no processo de obtenção, fazendo com que tenham características físico-químicas distintas. Desta forma não é recomendado misturar diferentes tipos de óleos, principalmente de marcas diferentes, pois apresentam naturezas químicas diferentes, de maneira que a mistura poderá causar sérios danos no motor.

A troca periódica do lubrificante do motor é importante, pois com o tempo de uso, os elementos aditivos do óleo são destruídos fisicamente ou ficam presos a outras substâncias químicas, alem disso, enquanto efetua a proteção do motor, eles são mudados quimicamente, alterando suas características. As substâncias químicas extras formadas durante sua vida dentro do motor, acabam se tornando parte dele, contaminando-o alterando suas propriedades lubrificantes. Isso ocorre devido a diversos fatores: 

  • O combustível queimado e o não-queimado ficam em circulação no sistema de lubrificação, diminuindo a capacidade do óleo de suportar altas temperaturas;
  • São formadas partículas de fuligem oriundas da combustão e também da queima de alguma porção de lubrificante quando este atinge as partes mais quentes do motor;
  • Devido à alta variação de temperatura (quando um motor aquece e esfria) a umidade do ar é atraída para dentro do motor. Esta umidade se condensa formando gotas de água que se misturam ao óleo, criando ácidos moderados.

 As montadoras definem no manual do veículo o período em que deve ocorrer a troca de óleo do motor, isso baseado em ensaios de durabilidade efetuados em campo e em laboratórios. No momento de se realizar a troca, é muito importante levar em consideração, além da recomendação do fabricante, as condições de operação do veículo, pois são elas que definirão o período correto para a próxima troca. A seguir, serão descritas algumas condições de uso do veículo que determinam a troca do óleo em um período de tempo menor:

  • Dirigir predominantemente em trânsito urbano ou intenso.
    dirigir em altas velocidades;
  • Períodos longos com o carro parado (ex: utilizar somente em fins de semana);
  • Períodos com o carro parado seguidos por avanços em alta velocidade (como táxis, carros de polícia/bombeiros);
  • Viajar distâncias curtas freqüentemente, abaixo de 6 km, e parar o veículo;
  • Dirigir freqüentemente sob neblina, chuva ou ar poluído;
  • Operar o veículo como reboque (trailers, carretas, etc.);
  • Operar o veículo sem a manutenção regular recomendada pelo fabricante (motor desregulado, filtros sujos ou parcialmente entupidos e etc).

A Lidio Rosa Peças & Serviços analisando os veículos que chegam para descarbonização (retirada de resíduos acumulados no motor devido a falta de  troca de óleo), concluiu que, com a substituição do filtro de óleo e do óleo do motor sendo realizada a cada 5.000 km, as característica principais do mesmo são mantidas até a próxima troca, deixando o motor limpo e em bom funcionamento.

Assim, devido ao alto custo de reparação de um motor danificado pela falta de manutenção preventiva (troca periódica do óleo do motor, por exemplo),  a Lidio Rosa Peças & Serviços vem informando a todos os clientes os e não-clientes da importância da troca do óleo do motor, por meio de seu site (www.lidiorosa.com.br), consultas por telefone (3371-6420) ou e-mail (contato@lidiorosa.com.br).   

Lidio Rosa

Diretor da Lidio Rosa Peças & Serviços

Rua Bombeiro Eliezer Alexandrino nº 387, Boca do Rio - Salvador/BA - Telefax: 71 3371-6420