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SINISTRO MUITO, MUITO
SINISTRO Extraído da revista QUATRO RODAS - março 2001 pág
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Clientes que
aplicam golpes contra as seguradoras para receber o dinheiro
da apólice têm a cabeça a prêmio e são caçados por
arapongas
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Você se lembra de ter sido
informado - ou de haver lido no contrato de seguro de seu
carro - que seria investigado antes de receber o valor da
apólice contra roubo? Provavelmente não, mas saiba que as
seguradoras não liberam dinheiro nenhum se estiverem
convencidas de que elas, e não seus clientes, são as
verdadeiras vítimas da história. Casos de segurados que
simulam roubos de seus veículos para receber a indenização são
mais comuns do que se imagina. Para se precaver contra golpes
desse tipo, as empresas recorrem a profissionais e montam uma
silenciosa operação de caça aos fraudadores. Investigadores
das próprias seguradoras, ou de aluguel - como os caçadores de
recompensa dos filmes de caubói - estudam os boletins de
ocorrência registrados nos distritos policiais, reconstroem
cuidadosamente o cenário dos roubos e saem a campo à procura
de detalhes que confirmem a versão das supostas vítimas ou
apontem lacunas na história. Quando se julga o relato
suspeito, ou inconsistente, inicia-se uma paciente
investigação. Primeiro, ouvem-se moradores da região onde o
veículo teria sido furtado (ou roubado na presença da vítima),
à procura de testemunhas que não foram arroladas no processo
ou simplesmente para averiguar se alguém notou a presença de
um carro igual ao descrito no boletim de ocorrência em horário
próximo ao indicado. A conversa nunca é direta. O investigador
finge estar procurando um amigo que moraria na vizinhança,
numa rua de que não se lembra. Depois, aborda vizinhos do
segurado - em alguns casos até mesmo colegas de trabalho e
parentes - para apurar se ele não passava por dificuldades
financeiras. Eis aí uma razão bastante comum para se armar um
roubo fraudulento. Por último, os investigadores abordam a
vítima. Se fazem isso logo de cara, argumentam os arapongas,
alertam o cliente sob suspeita, comprometendo o resultado da
averiguação. É um jogo de paciência. Na estrutura
organizacional das seguradoras eles são conhecidos como
"sindicantes de sinistro", um sinônimo hermético para
investigadores. Como os arapongas preferem ser chamados não
sem razão. A maioria desses profissionais foi, ou ainda é,
ligada à polícia. Para reforçar o orçamento, fazem bicos para
seguradoras menores, que teriam dificuldades para manter seu
próprio time de xerifes. Mas os métodos de trabalho
utilizados, garantem, são bem diferentes dos empregados pelos
policiais contra bandidos comuns. Em outras palavras, a força
usada contra potenciais fraudadores é infinitamente mais
branda. Força? Não se assuste. Força, nesse caso, não é nada
que possa ser confundido com violência física. Nem mesmo
violência psicológica é aceitável, segundo a cartilha adotada
pelas empresas de seguro. A investigação transcorre dentro
de regras da mais absoluta civilidade, quase seguindo um
código de etiqueta se comparado ao vale-tudo no trato com
marginais de carteirinha. As seguradoras e seus arapongas
acreditam que um mínimo de pressão psicológica é suficiente
para fazer a maioria dos segurados que caem no desvio abrirem
o bico, admitindo o golpe. E isso por uma razão bastante
simples: trata-se de amadores que incorreram no crime de
fraude por estarem atravessando dificuldades momentâneas. Não
são golpistas profissionais. O investigador de seguros típico
também não lembra a caricatura do policial padrão: não anda
armado, não tem tatuagem nem braço malhado, dispensa colete e
não usa correntes de ouro ou óculos ray-ban nem mesmo quando
está de folga. Em resumo, age como policial sem chamar a
atenção. Trabalha muito, o número de horas que a investigação
exigir, e ganha pouco - o ganho de um araponga terceirizado
pode variar de 500 reais, em um mês com poucos casos por
apurar, a 3.500 reais, em períodos de vacas gordas. No quesito
envelope de pagamento, o investigador de seguros se parece com
um policial de verdade. A procura de culpados onde parece
haver apenas inocência, a busca incessante pelo vestígio que
passou despercebido na construção do boletim oficial, da
entrelinha escondida na declaração colhida na delegacia, do
vacilo embutido na versão aparentemente sólida apresentada na
entrevista, em fim, o prazer de jogar o jogo da investigação
parece seduzir os candidatos ao cargo mais do que eventuais
benefícios de careira. Talvez por isso atraia pessoas que
entram para esse mundo não por tradição familiar, mas sim pela
porta da literatura policial e dos filmes de ação, como o
ex-professor de educação física Luiz Celso Miguel, 48 anos, e
o ex-funcionário administrativo da Itaú Seguros Hélio Augusto
Lima Filho, 42 anos. Há sete anos eles atuam na Abucham &
Caiafa, uma assessoria especializada com trinta sindicantes
contratados para apurar cerca de 150 sinistros por mês para
empresas de ponta do setor. |
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Luiz Celso e Lima Filho nunca saem
do escritório sem seu kit completo de araponga: pasta 007,
câmera fotográfica, gravador de bolso e cópia da apólice que
está sendo alvo da sindicância. Mas a investigação é conduzida
com discrição. Só na fase de conclusão eles saem das sombras
para intimidar suspeitos para lá de suspeitos com a luz da
verdade que descobriram. Às vezes os golpes são descobertos
por acaso, numa simples batida policial. No final do ano
passado, um comando policial da Zuna Sul de São Paulo parou
uma Sprinter branca com documentação falsificada. Nervoso, o
motorista insistia para ter uma conversa reservada com o
oficial no comando da operação. Quando foi atendido, explicou
que o carro não era roubado e admitiu ter ajudado o sogro a
dar golpe para receber os 40 mil reais em que o carro fora
segurado. Detalhe: o motorista era policial. O investigador
fatalmente saberá que sua história foi posta à prova antes de
o trabalho ser concluído. Depois de reunidas as evidências que
corroboram a sua versão, ou levantadas às contradições que
precisam ser esclarecidas, chega o momento de ele ser ouvido.
Alguns se indignam e reagem mal. "já fui recebido aos berros
por um cliente que se disse revoltado por duvidarem dele",
conta Hélio Lima Filho. "Quando isso acontece, viro as costas,
informo a seguradora e ela entra em contato com o segurado.
Não estou lá para duvidar de ninguém, mas sim para verificar o
que me foi solicitado. Afinal, não sou eu quem pagará a
apólice. Meu trabalho não é dar veredictos, mas sim ajudar a
seguradora a chegar a uma conclusão sobre cada caso." Nem
todos os sindicantes que atuam nesse mercado seguem a cartilha
politicamente correta que Luiz Celso e Lima Filho garantem
seguir. Ao contrário. Um policial que presta serviço a
seguradoras pequenas, sem vínculo empregatício, aceitou falar
com a garantia de que sua identidade seria preservada. Até
escolheu um codinome para figurar na reportagem: Jonas. Apesar
do silêncio inicial, foi preciso interrompê-lo várias vezes
para engastar uma pergunta nova em seu discurso empolgado
sobre si mesmo. Dizendo-se ex-aluno de um curso de
interpretação do cineasta maldito e ator José Mojica Martins,
o Zé do Caixão, "Jonas" resolveu ser o estereótipo do araponga
em pessoa. Para ele, quem deve teme só de saber que está sob
marcação cerrada. "digo logo que sou, de onde venho e o que
vim fazer para impor respeito. Nas aulas com o Mojica aprendi
a representar o típico malandro. Ninguém me passa a perna",
afirma. "Se percebo que o segurado está aplicando um golpe,
não vejo por que vezinha ou outra não posso dividir os lucros
com ele. Afinal, o meu relatório pode livrar a cara do sujeito
ou comprometê-lo." Quanto ele cobra para ajudar o cliente
sinistro a enganar a empresa que o paga para desvendar
sinistros? Isso ele não revela, mas policiais experientes
contam que chantagistas nunca cobram menos de 20% de qualquer
bolada. Apesar de não representar o padrão de comportamento
dos investigadores que atuam na área, os "Jonas" que fazem
jogo duplo talvez existam por causa de uma atitude pragmática
das seguradoras. As empresas dificilmente denunciam fraudes de
seus clientes. Porquê? Um processo pode durar até cinco anos e
custar dez vezes mais do que o valor a ser recuperado, segundo
o presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro,
Ernesto Tzirulnik. Ainda assim o advogado faz questão de
frisar que crimes como esse estão previstos no inciso 5o do
artigo 171 do Código Penal Brasileiro - estelionato - e podem
dar de um a cinco anos de cadeia. |
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"Não conheço ninguém preso por dar
tombo em seguradoras", afirma o delegado titular da 1a Divisão
de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas de
São Paulo, Divecar - especializada em crimes contra automóveis
-, Manoel Camassa. Com quinze anos de Polícia Civil, Camassa
conta que se lembra da época em que as fraudes cometidas eram,
em sua maioria, "inocentes" batidinhas para piorar o estado da
lataria dos veículos. Se o carro segurado sofria uma ralada do
lado direito mas tinha outros reparos para serem feitos,
muitos donos davam um jeitinho de estragá-lo mais para obter o
conserto completo ou até mesmo o direito de reivindicar um
novo. "Descobrimos uma oficina que montou um kit para forjar
perda total nos carros", diz o delegado. "Filmamos os
automóveis sendo jogados contra um muro reforçado, ralados
numa grade de ferro e colocados numa rampa feita para destruir
suspensão." Hoje, o golpe mais comum é o do falso furto.
Existem quadrilhas especializadas nesse tipo de golpe, que
compram os carros por valores quase simbólicos e somente
depois de desmancha-los dão o sinal para o segurado prestar
queixa de furto da delegacia. Em dezembro, o comerciante
J.R.C.L. deu queixa no 96o Distrito Policial de São Paulo do
furto do seu Audi ano 95. Dias depois a polícia recebeu a
denúncia de que um guincho fora visto rebocando um carro de
luxo para uma oficina da periferia da cidade. Interrogado, o
guincheiro explicou que o fizera a pedido do próprio dono.
Haviam combinado que o carro ficaria guardado três meses na
oficina, ao custo mensal de 100 reais. Tratava-se do Audi de
J.R.C.L. O processo está rolando da Justiça. Camassa
critica as seguradoras pela postura pragmática, quase
condescendente, que adotam em relação aos fraudadores.
"Sabemos que as empresas negociam com eles. O acordo é o
seguinte: o cliente deixa o pedido de ressarcimento para lá em
troca de não ser denunciado." O delegado estima que 20% das
queixas de roubo e furto de veículos apresentadas em São Paulo
são fraudulentas. O segurado come o milhão e quem leva a fama
é o ladrão. |
SORRIA VOCÊ ESTÁ
SENDO FOTOGRAFADO Extraído da revista QUATRO RODAS por
EDENILSON GONÇALVES |
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Como os radares
portáteis ou fixos calculam a velocidade dos veículos?
São três os sistemas utilizados para o registro de
infratores por excesso de velocidade. Veja como funciona cada
um deles: |
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Radar fixo de velocidade Na pista
são instalados 3 sensores, também chamados de laços detetores,
que formam um campo magnético. Eles estão ligados a um
computador e à câmera fotográfica, geralmente instalada em um
poste na lateral da pista. Quando o carro passa pelo primeiro
sensor, o campo magnético é interrompido até que a massa
metálica do veículo passe pelo segundo. Automaticamente o
sistema calcula a velocidade do carro de acordo com o tempo de
interrupção desse campo magnético. Caso a velocidade seja
superior à permitida, a imagem captada pela câmera é
digitalizada e registrada em um disco rígido, no instante em
que o carro passa pelo terceiro sensor. À noite, para não
deixar nenhum apressadinho impune, as câmeras dos radares
fixos funcionam com um sistema infravermelho, que permite uma
boa visualização da placa e do veículo, mesmo com pouca
luminosidade.
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Radar móvel de velocidade São duas
as opções de equipamento móvel. Um é italiano e funciona com
dois feixes de laser. Em função do tempo de interrupção dos
feixes quando o carro passa, o computador dispara a câmera no
caso de a velocidade aferida ser superior à permitida. O outro
modelo é holandês e emite uma microonda oblíqua em um ângulo
de 20 graus em relação à pista. O computador, então, calcula o
tempo que essa onda leva para fazer o percurso. Os modelos
móveis utilizam uma máquina fotográfica convencional e filmes
coloridos de 35 milímetros e 36 poses, como os que usamos para
tirar fotos de família. esse radar é capaz de fiscalizar até
três faixas ao mesmo tempo. Porém não registra a imagem no
caso de os sensores identificarem mais de um carro passando
pelo ângulo de fiscalização no momento do disparo. À noite,
utiliza o recurso de um flash para não deixar os infratores
escaparem.
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Lombada eletrônica para aferir
velocidade A câmera é
instalada em um totem, aproximadamente 15 metros à frente dos
sensores, e a imagem registrada é da frente do veículo. O
motorista sabe se está sendo multado, pois logo abaixo da
câmera está um mostrador digital indicando a velocidade do
carro no momento exato em que passou pelos sensores. Se houver
infração, uma luz vermelha se acende e um flash é
disparado.
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INSPETORA DO CONSUMO Extraído da revista OFICINA
MECÂNICA |
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A sonda lambda avalia o oxigênio
nos gases de escape para manter o motor econômico e eficiente.
Descubra seu funcionamento e como detectar
defeitos |
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A falha pode ser
denunciada tanto por um carro "amarrado" e sem rendimento como
por um motor "morrendo" fácil, afogado ou com partidas
difíceis. Em todos os casos, o consumo sobe muito. Com tantos
sintomas semelhantes ao de outras falhas, nem sempre se
percebe que a causa está na sonda lambda, um componente da
injeção eletrônica. Essa
sonda "inspeciona" a eficiência da queima de combustível
medindo a quantidade de oxigênio nos gases de escape do motor.
Por meio desta medição, a centralina avalia a quantidade de
combustível que deve ser injetado. Quando a sonda apresenta
problema, a centralina envia a quantidade errada de
combustível e o motor fica desregulado. Saiba como detectar
problemas na sonda lambda: |
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1 O motor
"morre" facilmente e tem dificuldade para pegar. Esse caso
gera maior quantidade de trocas indevidas da lambda. "Nenhum
país troca tantas sondas lambda quanto o Brasil", disse o
mecânico Luís Yoshimura. Isso ocorre porque o módulo da
injeção pode indicar problemas com a sonda que, na verdade,
estão em outras peças. Quando há oxigênio demais no escape, a
injeção enriquece a mistura ar/combustível até o máximo. Se o
nível de oxigênio não cai, a injeção desliga a sonda e indica
que o problema é com esta peça. "O alto teor de oxigênio pode
ser causado também por uma vela com defeito, escapamento
furado, falhas nos injetores...", diz Luiz. Quando isso ocorre
há o risco de estragar o catalisador, que pode derreter com o
combustível não-queimado. |
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2 Uma
lambda custa entre R$ 90 e R$ 1.000 (importados) e deve durar
de 80 mil a 100 mil km. Por isso, antes da troca verifique se
tudo está em ordem na ignição. A fonte de defeito pode estar
nas velas, cabos ou na bobina em lugar da sonda
lambda. |
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3 Se tudo
estiver normal na ignição, verifique o encaixe da sonda no
escape. Não deve haver nenhuma oxidação no local nem furos no
escapamento, que permitem entrada de ar e leitura equivocada
da sonda. Na checagem com o motor ligado, ou recém-desligado,
cuidado com queimaduras. |
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4 Caso a
fixação da sonda esteja oxidada, espere o motor esfriar e
solte a sonda para retirar a ferrugem com palha de aço (para
não danificar a rosca) até atingir a parte metálica
(especialmente se seu aterramento for feito ali). Para
recolocar a sonda, utilize graxa condutiva. |
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5 Se tudo
estiver correto no escape, ainda há uma alternativa para o
problema: bico(s) injetor(es). Aí o jeito é ir até um mecânico
e verificar a vazão dos bicos com aparelhagem apropriada. Se
tudo estiver em ordem, o defeito fatalmente estará na
sonda. |
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6 Há
também a perda de rendimento. Se o motor estiver queimando
óleo, o problema quase certamente estará na lambda. O óleo
impregna a cerâmica da sonda e ela perde a capacidade de medir
o oxigênio no gases de escape. Sem a leitura, a injeção
diminui a quantidade de combustível, obrigando o motorista a
pisar mais. Isso aumenta o consumo. |
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7 Se o
óleo queimado tiver afetado a sonda, o jeito está na troca,
uma operação simples. Basta desconectar seu plugue,
desrosquear a peça e fazer a operação inversa com um novo
componente. |
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8 No caso
de uma sonda muito cara (ou difícil de encontrar), às vezes é
possível colocar uma mais simples, de outro carro. Nos
nacionais, com exceção do Honda Civic, essa "gambiarra"
geralmente pode ser feita, pois a maioria usa o mesmo valor
elétrico de resistência do sinal da sonda. Nos importados já é
mais difícil, pois os valores e os modelos de sonda são
diferentes. |
CUIDADO TPM NA PISTA! Extraído da revista QUATRO RODAS -
fevereiro 2000 |
Só sei que vi tudo roxo. Desci do
carro disposta a tudo.Bati no vidro do carro do cidadão, uma
mão apoiada na cintura, a outra chamando-o para a briga: "Vem,
se for homem". Graças a Deus ele não veio. Ficou ali,surpreso,
me olhando atrás do vidro. Foi assim: se ele deslocasse seu
carro meio metro adiante eu poderia virar à esquerda. Depois
de minha buzinadinha amigável, pedindo passagem com gestos,
ele deu um riso sacana e não se moveu do lugar. Uma falta de,
no mínimo, cavalheirismo. Sim, me lembro bem, ele estava
errado. Só fiquei na dúvida porque estava naquele momento do
mês em que tudo parece conspirar contra mim - a TPM, a maldita
tensão-pré-menstrual.
Talvez eu não precise descrever
exatamente o que isso significa se você tem uma companheira e
sofre com ela as oscilações desse período tenso do mês. Mas,
como estou aqui falando de carro, trânsito e mulheres na
direção, me parece honesto lançar luz sobre o perigo que ronda
os cruzamentos da cidade quando há uma dama movida a doses
cavalares e desconpensadas de hormônios por aí. Vejamos. Você
já presenciou uma mulher debruçada na direção, chorando? Você
já recebeu um dedo médio e ouviu (mesmo que a metros de
distância) da boca de uma mulher elegante, que você até
paqueraria, um palavrão digno de um estivador? Então você já
viu uma mulher com TPM no trânsito.
Costuma-se dizer que as mulheres
são, durante o período da TPM, o que os homens são o mês
inteiro.Sem querer disputar o troféu-barraco com os homens,
digo apenas que as mulheres ficam mais agressivas e/ou
sensíveis. Mais chatas, vá lá. Ficamos estupidamente
destemidas, tudo ganha enorme importância.
Sou tranqüila no trânsito. Não
xingo, não brigo, levo tudo na esportiva. Mas quando estou nos
dias hormonais complicados faço questão de esclarecer tudo nos
mínimos detalhes. saio do carro para tirar satisfação. Depois,
como que exorcizada, morro de vergonha e me sinto uma
ridícula. Naquele dia, depois que assisti ao risinho irônico
do moço mal-educado à frente, chamei pra briga, gritei, chorei
e ele não se moveu. Nem abriu o vidro. Mesmo transtornada,
observei rapidamente tudo nele e no carro. E detectei seu
ponto fraco. Ele tinha uma testa crescida para a idade e um
cuidado excessivo com os fios que lhe restavam heroicamente
nas laterais da cabeça. E fui direto no ponto. Olhei no fundo
dos seus olhos que riam de mim, juntei saliva, ar nos pulmões
e gritei: CA-RE-CA!
O moço me olhou, atônito. A
consternação tomou conta do seu rosto e quase o vi chorando
como um bebê. Engatou a primeira e andou, querendo fugir
daquela bruxa que o desmascarara. Foi cruel, eu sei, mas
entenda, por favor: eu estava na TPM! |
POR
MARIELLA LAZARETTI mariella.lazaretti@abril.com.br |
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Por Diogo Schelp
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Como saber se
um carro usado não é roubado? Os especialistas dão algumas dicas
para você não correr esse risco |
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É fácil licenciar um carro
roubado no Brasil. Estima-se que 400 mil veículos rodam no país com
documentos "esquentados" . Fernando Ferrara, superintendente do
Cadastro Nacional de Veículos Roubados, conta que várias quadrilhas
têm contatos nos DETRANS, por isso conseguem até licenciar veículos
furtados, usando o número de chassis já existentes. Há tantas
maneiras de maquiar um carro irregular que, nas inspeções, a polícia
precisa cruzar vários dados, como números de série e data de
fabricação dos vidros, características do modelo, número do chassi e
data de fabricação dos acessórios. Tabelas fornecidas pelas fábricas
contendo números de série dos modelos também são fundamentais para a
identificação. Alguns especialistas ligados a seguradoras citam
uma série de itens que podem ser checados por qualquer um antes de
comprar um usado. Quando se percebe que uma das informações não
bate, não significa que o veículo seja roubado. Isso só os peritos
poderão afirmar com certeza. Mas ao menos consegue-se uma indicação
de que é necessário ter cautela antes de fechar o negócio. Para uma
análise mais profunda, é possível consultar o Cadastro Nacional de
Veículos Roubados. A consulta, gratuita, pode ser feita pela
internet, no site: http://www.seguros.com.br/cnvr.
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TROCAR O ÓLEO DO MOTOR NA HORA
CERTA, É PREVENÇÃO
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Tubo pescador de óleo
do motor |
Cabeçote inferior |
Cabeçote superior |
Eixo virabrequim |
O esquecimento de trocar o óleo do motor
na hora certa pode causar sérios danos ao mesmo e muita dor de
cabeça para o proprietário do veículo.
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Ao
longo dos anos, a Lidio Rosa Peças & Serviços executa,
frequentemente, reparos em veículos que chegam com problemas
ocasionados pelo óleo do motor. Na maioria das vezes, isso ocorre
devido à desinformação do proprietário que não sabe
quando deve fazer a troca ou por esquecimento de fazê-lo. Dessa
forma, o seguinte artigo visa orientar, de forma clara e objetiva
quando e por que trocar, periodicamente, o óleo do veículo.
Vamos imaginar que o óleo do motor é como se fosse o sangue que
circula no nosso corpo. Resguardadas as proporções, o óleo do motor
tem a função de lubrificar todas as partes internas do motor,
evitando assim, o atrito entre as peças móveis e garantir o bom
funcionamento. Além disso, o óleo deve manter o motor limpo,
mantendo em suspensão as impurezas que não ficarem retidas no filtro
de óleo.
Atualmente existem três tipos de óleo: mineral, semi-sintético e sintético. A
função deles dentro do motor é a mesma: lubrificar, evitar o contato
entre as superfícies metálicas e refrigerar. A diferença entre eles
está no processo de obtenção, fazendo com que tenham características
físico-químicas distintas. Desta forma não é recomendado misturar
diferentes tipos de óleos, principalmente de marcas diferentes, pois
apresentam naturezas químicas diferentes, de maneira que a mistura
poderá causar sérios danos no motor.
A
troca periódica do lubrificante do motor é importante, pois com o
tempo de uso, os elementos aditivos do óleo são destruídos
fisicamente ou ficam presos a outras substâncias químicas, alem
disso, enquanto efetua a proteção do motor, eles são mudados
quimicamente, alterando suas características. As substâncias
químicas extras formadas durante sua vida dentro do motor, acabam se
tornando parte dele, contaminando-o alterando suas propriedades
lubrificantes. Isso ocorre devido a diversos fatores:
- O combustível
queimado e o não-queimado ficam em circulação no sistema de
lubrificação, diminuindo a capacidade do óleo de suportar altas
temperaturas;
- São formadas
partículas de fuligem oriundas da combustão e também da queima
de alguma porção de lubrificante quando este atinge as partes
mais quentes do motor;
- Devido à alta
variação de temperatura (quando um motor aquece e esfria) a
umidade do ar é atraída para dentro do motor. Esta umidade se
condensa formando gotas de água que se misturam ao óleo, criando
ácidos moderados.
As
montadoras definem no manual do veículo o período em que deve
ocorrer a troca de óleo do motor, isso baseado em ensaios de
durabilidade efetuados em campo e em laboratórios. No momento de se
realizar a troca, é muito importante levar em consideração, além da
recomendação do fabricante, as condições de operação do veículo,
pois são elas que definirão o período correto para a próxima troca.
A seguir, serão descritas algumas condições de uso do veículo que
determinam a troca do óleo em um período de tempo menor:
- Dirigir
predominantemente em trânsito urbano ou intenso.
dirigir em altas velocidades;
- Períodos
longos com o carro parado (ex: utilizar somente em fins de
semana);
- Períodos com o
carro parado seguidos por avanços em alta velocidade (como
táxis, carros de polícia/bombeiros);
- Viajar
distâncias curtas freqüentemente, abaixo de 6 km, e parar o
veículo;
- Dirigir
freqüentemente sob neblina, chuva ou ar poluído;
- Operar o
veículo como reboque (trailers, carretas, etc.);
- Operar o
veículo sem a manutenção regular recomendada pelo fabricante
(motor desregulado, filtros sujos ou parcialmente entupidos e
etc).
A Lidio Rosa Peças &
Serviços analisando os veículos que chegam para descarbonização
(retirada de resíduos acumulados no motor devido a falta de
troca de óleo), concluiu que, com a substituição do filtro de óleo e
do óleo do motor sendo realizada a cada 5.000 km, as característica
principais do mesmo são mantidas até a próxima troca, deixando o
motor limpo e em bom funcionamento.
Assim, devido ao alto
custo de reparação de um motor danificado pela falta de manutenção
preventiva (troca periódica do óleo do motor, por exemplo), a Lidio Rosa Peças & Serviços
vem informando a todos os clientes os e não-clientes da
importância da troca do óleo do motor, por meio de seu site (www.lidiorosa.com.br),
consultas por telefone (3371-6420) ou e-mail (contato@lidiorosa.com.br).
Lidio Rosa
Diretor da Lidio Rosa
Peças & Serviços |
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